Estou de volta, com um novo questionamento sobre minha excentrica existência, e a inoportuna e irremediavel consideração sobre aqueles que me cercam, sejam eles amigos, conhecidos ou meramente estranhos que estão a minha volta. Algo muito extranho, "apesar de se configurar com certa frequência em nossos dias", aconteceu comigo a mais ou menos um mês atráz, quando estava estudando na biblioteca da UFU; já se passava das 19:30 quando avistei uma colega que fizera faculdade comigo, ela estava simplesmente linda, os anos pareciam não terem a alcançado, seu rosto e corpo, estavam perfeitos, assim como em nosso primeiro dia de aula; imediatamente, eu me recompus, voltando meu chinelo de dedo para os meus pés, ajeitei meu oculos sobre meu rosto e abaixei meus olhos para o livro, fingindo não tê-la visto, ou quem sabe dando uma de intelectual altamente compenetrado em minha leitura, o certo é que, ela passou do meu lado e não percebeu minha humilde e insignificante presença, no inicio fiquei um tanto contrariado e constrangido, mas depois me senti até aliviado, pois ela estava simplesmente soberba, com sua calça justa delineando todo seu corpo perfeito e um perfume inebriante, contrastando com minha vulgar e palpérrima vestimenta. O meu choque veio logo em seguida, quando alguns estudantes que estavam assentados próximos de mim, começaram a fazer comentários sobre minha inelegivel amiga que acabara de passar... Eles, "a principio afoitos" diziam vêementemente, que aquela garota, por nome (...) estudante do curso de (...) era na verdade, garota de programa, puta cara e ordinaria, frequentadora assídua de uma zona que no momento não me recordo o nome nem o endereço, mas que me fez arrepiar todos os pelos do meu corpo; a principio tive dúvidas quanto a veracidade daqueles comentários, pensei até que se tratava de um rapaz que não havia obtido sucesso com ela, mas com o tempo, fechei meu livro e passei a prestar atenção na conversa que se formulava ao meu redor, e percebi que realmente, muitas das coisas que falavam eram no mínimo intrigantes, e os detalhes por eles comentados, minimizava cada véz mais, minhas dúvidas quanto a integridade e frivolidade da minha "angelical" amiga. Neste momento, outras garotas que estavam assentadas em minha frente, também confirmavam com desdenho, a vida imunda e pecaminosa, daquela que eu pensava ser uma universitaria comum, como outra qualquer, entorpecido ainda com aquela notícia, meu estomago ainda não aceitava digerir aquelas palavras proferidas contra tão linda e aparentemente calida pessoa, eu havia passado mais de quatro anos ao lado daquela garota, devia saber da vida dela, bem mais do que aqueles que estavam ali a difama-la, mas os fatos e as provas eram substâncias e inegaveis, deixando-me perplexo diante de tão inesperada e ao mesmo tempo rotineira prevalência em nosso meio, das muitas jovens garotas, putas e prostitutas, que se amontoam não mais nos becos e ruas, mas nas universidades, igrejas, barzinhos e danceterias, muitas são nossas vizinhas, conhecidas e amigas, outras podem até ser nossas parente, irmãs, ou esposas... Por isso, não se surpreênda se um dia, se encontrar cercado pelas muitas putas que aqui estão.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Assinar:
Comentários (Atom)